Joaquim Ribeiro Aires, que tem ultimamente andado algo arredio da poesia, para se dedicar a trabalhos de fôlego notável de natureza historiográfica, regressou recentemente à modalidade em que iniciara a sua carreira literária em 1985, ano de publicação do livro de poemas Esta cidade onde moro. Fê-lo com o livro Desassossegos, em que reúne mais de meia centena de poemas, divididos por temas muito diversificados.
Trata-se de uma poesia de fácil e amena leitura, que recusa as escabrosidades herméticas de certa poesia moderna. Poemas marcados a fogo por uma certa insatisfação: «Estes são os versos/ Da minha inquietação/ Que é um não sei quê/ Permanente/ De nunca estar contente.»
O livro, que sai com uma bela capa de Chi Pardelinha, é da responsabilidade da editora vila-realense Maronesa.
DESASSOSSEGOS, DE RIBEIRO AIRES
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